Críticas

“Tudo Por Uma Esmeralda”, de Robert Zemeckis

Tudo Por Uma Esmeralda (Romancing The Stone – 1984)

Uma escritora (Kathleen Turner) de aventuras românticas é levada à selva colombiana para poder resgatar sua irmã (Mary Ellen Trainor), que será eliminada se um mapa do tesouro não for entregue aos sequestradores. Ela recebe ajuda de um mercenário (Michael Douglas) impetuoso e juntos procuram por uma joia de inestimável valor localizada no mapa.

O meu primeiro contato com esta pérola foi na infância, eu me recordo claramente das vezes em que acompanhei exibições televisivas vespertinas nos domingos; quando penso na trama, quase sinto o aroma das comidas natalinas, a revisão para este texto trouxe uma sensação tão agradável de conforto, saudade de um tempo mais gentil, leve.

A jovem Diane Renee Thomas trabalhava como garçonete enquanto escrevia o roteiro desta aventura, a sua inexperiência técnica ajudou, em seu texto há um destemor refrescante, não havia preocupação em ser avalizada academicamente, nem de se provar como escritora, ela se divertia muito construindo cada parágrafo, algo que é perceptível até mesmo no resultado da adaptação.

Ao apresentar sua obra diretamente ao Michael Douglas, ele ficou impressionado com a espontaneidade da narrativa, enxergou nela um tremendo potencial comercial, comprou os direitos, produziu e protagonizou este que viria a ser um dos maiores sucessos de sua carreira. Infelizmente, Diane não teve oportunidade de contribuir mais para a indústria, ela faleceu em um acidente de carro no ano seguinte da estreia, aos 39 anos de idade.

A personagem de Kathleen Turner, Joan, utilizava a literatura como válvula de escape em sua rotina entediante, na vida real não conseguia viver um romance inebriante, mas nas páginas de seus livros ela satisfazia todos os seus desejos. Quando é atirada em um contexto perigoso, a sua maneira de lidar com todas as ameaças é hilária, o carisma da atriz conquista logo nos primeiros minutos.

No momento em que a trama insere o herói relutante, Jack, vivido por Michael Douglas, e o trambiqueiro adorável, Ralph, defendido com o timing cômico impecável de Danny DeVito, a química perfeita se estabelece. O tom espirituoso é captado na trilha sonora composta por Alan Silvestri.

O diretor, Robert Zemeckis, que lutou bastante para se provar na área, ele chegou a ser quase despedido de “Cocoon” porque os executivos tinham certeza de que “Tudo Por Uma Esmeralda” seria um fracasso, graças ao sucesso mundial desta obra, conseguiu sinal verde para realizar o maravilhoso “De Volta Para o Futuro”.

Trilha sonora composta por Alan Silvestri:

Octavio Caruso

Viva você também este sonho...

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