Críticas

Dica do DTC – “Rastros de Vingança”, de Earl Bellamy

No “Dica do DTC”, a nova seção do “Devo Tudo ao Cinema”, a intenção não é entregar uma longa análise crítica, algo que toma bastante tempo, mas sim, uma espécie de drops cultural, estimulando o seu garimpo (lembrando que só serão abordados filmes que você encontra com facilidade em DVD, streaming ou na internet). O formato permite que mais material seja produzido, já que os textos são curtos e despretensiosos.

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Rastros de Vingança (Against a Crooked Sky – 1975)

No Oeste americano, dois adolescentes são atacados por índios de uma tribo desconhecida. A irmã (Jewel Blanch) de Sam (Stewart Peterson) é raptada e ele, sentindo-se culpado, parte em sua busca pelo deserto. Ele recebe a ajuda de um velho homem (Richard Boone) da fronteira.

A maioria evita este filme quando descobre que é uma espécie de refilmagem infanto-juvenil do clássico “Rastros de Ódio”, do mestre John Ford, com pitadas de “O Ouro de Mackenna”, de J. Lee Thompson, mas ele é muito bonito, eficiente em sua proposta, uma pérola engrandecida pela atuação inspirada do saudoso Richard Boone, o eterno “Paladino do Oeste”.

A trama prende a atenção dos adultos, mas é perfeita para uma sessão em família com os pequenos, a mensagem que transmite é daquelas que ajudam a formar o caráter. E, levando em conta a atual situação deplorável da sociedade, com todos os valores invertidos, prejudicando principalmente as mentes em formação, remar contra a corrente e apresentar materiais como este aos filhos é um gesto de puro amor.

O desfecho é surpreendente, evidenciando de forma tocante o leitmotiv da importância do recomeço.