F1 – O Filme (F1 – The Movie – 2025)
Na década de 1990, Sonny Hayes (Brad Pitt) era o piloto mais promissor da Fórmula 1 até que um acidente na pista quase encerrou sua carreira. Trinta anos depois, o proprietário de uma equipe de Fórmula 1 em dificuldades convence Sonny a voltar a correr e se tornar o melhor do mundo.
Joseph Kosinski, o talento por trás do excelente “Top Gun – Maverick”, retorna entregando o mesmo nível de excelência, resgatando algo que nunca pode ser esquecido: a compreensão da sala de cinema como elemento fundamental na experiência.
A proposta da obra é deslumbrar o público do início ao fim com um espetáculo sensorial, a missão é brilhantemente executada, a trama funciona para fãs do esporte e para quem nunca se interessou por corridas, você nem sente as quase três horas de duração, e grande parte do mérito vai para a presença em cena de Brad Pitt, em sua melhor atuação desde “Era Uma Vez… em Hollywood” (2019).
Não é qualquer personalidade da indústria hoje que conseguiria transmitir com a mesma naturalidade a simbologia que seu personagem carrega, a respeitabilidade pelo estoicismo, talvez apenas Tom Cruise, um direcionamento, por si só, corajoso, já que nos tempos atuais os fantoches dos titereiros do caos vendem que o forte é ser fraco e confuso, uma constatação triste quando lembramos que houve uma época em que Hollywood brincava de produzir figuras icônicas.
Outro ponto forte é o sempre carismático Javier Bardem, vivendo o ex-parceiro das pistas que agora comanda uma brava equipe que se esforça para se tornar relevante, apesar de todos os obstáculos técnicos e do jogo sujo dos bastidores.
Damson Idris, como o piloto iniciante, arrogante, que se preocupa mais com sua fama nas redes sociais do que com os treinos, representa praticamente toda a geração atual de atletas de todas as modalidades esportivas, a sua jornada dá oportunidade para o roteiro inserir uma importante crítica, o tom esperançoso em sua conclusão pode ser ingênuo, mas a intenção é louvável. A bela Kerry Condon surpreende como a diretora técnica da equipe, injetando maturidade emocional e força de caráter, sem perder a sensibilidade feminina.
Na história da sétima arte, o automobilismo já serviu como base para ótimas produções, destaco o inovador clássico “Grand Prix” (1966), de John Frankenheimer, apesar de ser enfraquecido por uma cansativa estrutura dramática folhetinesca, o ótimo “As 24 Horas de Le Mans” (1971), com Steve McQueen, o divertido “Dias de Trovão” (1990), de Tony Scott, e o competente “Rush – No Limite da Emoção” (2013), de Ron Howard.
“F1 – O Filme” sobe com tranquilidade no pódio, a imersão do espectador é plena, o trabalho de câmera é engenhoso, e, como cereja do bolo, entrega uma mensagem bonita sobre trabalho em equipe e a valorização da meritocracia, remando contra a corrente do sistema.
Assista a este filme na maior tela possível, aprecie o meticuloso design de som, vibre a cada volta, em suma, viva intensamente esta arte, rejeite o discurso derrotista daqueles que estão pregando o fim da sala de cinema. Acredite, você não vai gostar do tipo de mundo que esta galera quer para o seu futuro…
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