Pantera Negra (Black Panther – 2018)
Após a morte do rei T’Chaka (John Kani), o príncipe T’Challa (Chadwick Boseman) retorna a Wakanda para a cerimônia de coroação. Nela são reunidas as cinco tribos que compõem o reino, sendo que uma delas, os Jabari, não apoia o atual governo. T’Challa logo recebe o apoio de Okoye (Danai Gurira), a chefe da guarda de Wakanda, da irmã Shuri (Letitia Wright), que coordena a área tecnológica do reino, e também de Nakia (Lupita Nyong’o), a grande paixão do atual Pantera Negra, que não quer se tornar rainha. Juntos, eles estão à procura de Ulysses Klaue (Andy Serkis), que roubou de Wakanda um punhado de vibranium, alguns anos atrás.
Antes da análise, uma breve reflexão que considero importante. É um dos melhores filmes da Marvel? Sem dúvida! Ele entrou em segundo lugar na minha lista com todos os super-heróis do MCU. Ao analisar com lucidez a indicação à Melhor Filme no Oscar, no entanto, grita mais alto o lobby, a politicagem, a necessidade desesperada de melhores índices de audiência (pela primeira vez em muitos anos a garotada vai sintonizar no evento) e, principalmente, satisfazer o clamor público do movimento #OscarsSoWhite, limpando a imagem desgastada da cerimônia. Qualquer grupo de críticos profissionais que feche os olhos para tudo isto e insira esta divertida e competente bobagem em uma lista de 10 melhores do ano, dentre projetos de todas as nacionalidades, (ou 8 produções norte-americanas, no caso da maior premiação televisiva), sem exagero, está precisando urgentemente ver mais filmes, ou repensar seus critérios de avaliação.
O roteiro, escrito por Joe Robert Cole e Coogler, opera dentro da fórmula compreensivelmente limitante de suas produções irmãs, com sequências de ação afinadas no mesmo diapasão (logo, previsíveis, elemento que prejudica o potencial de empolgação), com altíssima dose de diálogos expositivos, além de alívios cômicos cirurgicamente inseridos nos pontos habituais e personagens secundários infinitamente mais interessantes que seu protagonista, com destaque para a simpatia transbordante da jovem Shuri, vivida por Letitia Wright. Coogler é esperto e consegue se aventurar com mão firme neste terreno, injetando precisos toques autorais, especialmente nas cenas em que seu amigo Michael B. Jordan brilha como o vilão Killmonger, mas o grande mérito do filme é o design de produção que explora a liberdade de uma Wakanda jamais colonizada, um terreno africano puro, multifacetado em suas variadas tribos, que, com o auxílio da tecnologia futurista do Vibranium, estabelece um contraste verdadeiramente fascinante no aspecto visual e simbólico.
Longe de constar no panteão dos heróis da Marvel, o Pantera Negra teve a sorte de contar com um roteiro (em sua proposta infanto-juvenil) impecável, que apresenta e estabelece com personalidade cativante seus personagens, que soam orgânicos e críveis. A sua mensagem é esperançosa, mas a crítica que propõe é severa. Uma aula de como produzir uma obra de puro escapismo no subgênero sem subestimar a inteligência do público.
Cotação:
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