Querido Menino (Beautiful Boy – 2018)
David Sheff (Steve Carell) é um conceituado jornalista e escritor que vive com a segunda esposa e os filhos. O mais velho deles, Nic Sheff (Timothée Chalamet), é viciado em psicotrópicos e abala completamente a rotina da família e do lar. David tenta entender o que acontece com Nic, que teve uma infância de carinho e suporte.
O roteirista/diretor belga Felix van Groeningen entrou no radar internacional com “Os Infelizes” (2009) e “Alabama Monroe” (2012), filmes corretos, competentes, mas frios. “Querido Menino”, baseado no livro homônimo de memórias de David Sheff e em “Tweak: Growing Up on Methamphetamines”, de seu filho, Nic, repete os mesmos vícios narrativos, falhando em explorar emocionalmente a promissora proposta.
A estrutura temporal, abusando de flashbacks, prejudica o ritmo que nunca se firma, fazendo com que a força de algumas cenas se sustente apenas na entrega crível da dupla Timothée Chalamet e Steve Carell.
Há uma insinuação de agregar camadas fundamentando o drama do pai no sentimento de culpa, algo que o impele a tomar distância jornalística daquela tragédia tão íntima, escondendo a vergonha que sente, com consequências psicológicas negativas para o filho, mas a ideia jamais se aprofunda, o interesse está mais na estética do sofrimento.
É uma pena que o foco não seja Nic, Chalamet faz muito com o pouco que recebe, o seu arco narrativo tem lacunas, vemos ele sob o intenso efeito da droga e sóbrio, uma incógnita, caricatura, o roteiro trata ele apenas como ferramenta para instigar cenas desafiadoras para o pai. Aliás, todos os personagens secundários, especialmente as mulheres na vida dos dois, recebem um tratamento rasteiro.
Didático, parece mais aqueles vídeos institucionais, “Querido Menino” é um filme de autoajuda mediano.
Cotação:
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