Santana (2016 – lançamento internacional: 2020)
Dois irmãos – um policial e um general – finalmente descobrem a identidade do criminoso que eliminou seus pais. A tragédia os afastou décadas atrás. E agora uma força ainda mais poderosa vai reuni-los: a vingança.
“Santana”, roteirizado e dirigido pelo angolano Maradona Dias e pelo norte-americano Chris Roland, chegou às salas de cinema sul-africanas em 2016 com o título “Dias Santana”, mas recebe agora um lançamento internacional, merecendo destaque por ser o primeiro filme angolano na Netflix.
O resultado infelizmente é irregular, prejudicado pela desnecessariamente longa duração e pelo claro desequilíbrio tonal na entrega do elenco, que conta com Paulo Americano, Neide Van-Dúnem, Raul Rosário, Hakeem Kae-Kazim e a belíssima Jenna Upton. Os primeiros 10 minutos são (em teoria) intensos, apesar da clara insegurança na montagem das cenas, algo que as torna arrastadas, com algumas tomadas esquisitas (por exemplo, o copo na mão da criança visto por baixo na pia e o desgastado clichê do homem misterioso no ambiente escuro, com apenas um foco de luz), detalhe que desvia a atenção e compromete a necessária imersão emocional do espectador.
Há mérito nas sequências de ação, mas poucas são aquelas que privilegiam a fluência da execução, em detrimento da estilização quase sempre gratuita, recurso que também cansa rápido, até cenas simples são boicotadas por uma edição que se esforça demais para aparecer mais do que a própria trama.
Cotação:
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