Críticas

“Morrendo de Medo”, de George Marshall, com JERRY LEWIS e DEAN MARTIN

Morrendo de Medo (Scared Stiff – 1953)

Larry Todd (Dean Martin) é um cantor de nightclub que rompe o romance com a bela namorada sem saber que, ao mesmo tempo, ela tinha um caso com um ciumento gângster. Enquanto tenta escapar dessa, Larry erroneamente acredita que eliminou um dos amigos do gângster e passa a fugir da polícia. A ajuda virá de Mary Carol, uma rica mulher que decide levar Larry e seu amigo Myron (Jerry Lewis) para Cuba.

O ato estabelecido nos palcos dos nightclubs já havia se tornado também sinônimo de sucesso no cinema, projetos estavam sendo desenvolvidos a toque de caixa, um dos roteiristas de “Morrendo de Medo”, Ed Simmons, tentou modificar um pouco a fórmula, inserindo mais protagonismo cômico para Dean Martin, mas o produtor Hal Wallis rejeitou a ideia, com medo de arriscar prejudicar a química matadora entre o galã cafona que se leva a sério e o idiota infantilizado.

A trama básica era uma reciclagem do conceito já utilizado no cinema mudo pelo mestre Cecil B. DeMille em uma produção perdida de 1914, e consagrado por Bob Hope e Paulette Goddard em “Castelo Sinistro” (The Ghost Breakers, de 1940), dirigida pelo mesmo George Marshall, também responsável pela estreia da dupla, “A Amiga da Onça” (My Friend Irma, de 1949), reaproveitando até mesmo alguns cenários, além de reutilizar na cara dura algumas tomadas. Lewis e Martin inicialmente consideraram equivocado tentar repetir a mágica mistura de humor e terror, casas mal assombradas e canções românticas, mas, como profissionais sérios, tiveram que obedecer o contrato.

O filme é especialmente interessante para os brasileiros, já que registra a última aparição de Carmen Miranda, elemento que garante o momento mais curioso, a hilária imitação de Lewis dublando “Mamãe Eu Quero”.

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Octavio Caruso

Viva você também este sonho...

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