Audição (Ôdishon – 1999)
Após o falecimento da esposa, um executivo é convidado pelo amigo cineasta a participar da escolha de uma atriz. O viúvo se interessa por uma bela e misteriosa candidata.
Sem estragar a experiência de quem ainda não viu o filme, qualquer revelação nesse caso é prejudicial, afirmo que o terceiro ato perturba o espectador em um nível poucas vezes atingido pela indústria, creio que pode ser comparado a obras como “Violência Gratuita”, de Haneke, ou “Possessão”, de Zulawski.
O impacto é grande porque o roteiro subverte a expectativa levantada durante o primeiro ato, este é o toque de genialidade, somos conduzidos inicialmente pelas convenções de uma comédia romântica, que logo ganha tons melodramáticos, depois o diretor Takashi Miike flerta com o suspense e desorienta a percepção abandonando o conceito da linearidade, até encaminhar a trama para um desfecho extremamente repulsivo que parece saído diretamente dos arquivos da deep web.
O leitmotiv da solidão na multidão da selva de pedra eleva a qualidade do discurso e dá contornos poéticos para a violência, a desesperança inevitável ao constatar que nenhum escritor de literatura fantástica será capaz de criar um monstro tão cruel quanto o próprio ser humano.
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