Críticas

Dica do DTC – “Um Morto Muito Louco 2”, de Robert Klane

No “Dica do DTC”, a nova seção do “Devo Tudo ao Cinema”, a intenção não é entregar uma longa análise crítica, algo que toma bastante tempo, mas sim, uma espécie de drops cultural, estimulando o seu garimpo (lembrando que só serão abordados filmes que você encontra com facilidade em DVD, streaming ou na internet). O formato permite que mais material seja produzido, já que os textos são curtos e despretensiosos.

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LEIA AQUI O MEU TEXTO SOBRE O PRIMEIRO FILME.

Um Morto Muito Louco 2 (Weekend at Bernie’s 2 – 1993)

Larry (Andrew McCarthy) e Richard (Jonathan Silverman) voltam a Nova York e descobrem que foram despedidos. Roubam o cadáver do chefe (Terry Kiser) e vão às Ilhas Virgens para limpar seus nomes, seguidos por um tenaz investigador e dois atrapalhados membros de uma seita.

A abertura do filme, em desenho animado, homenageando diretamente o trabalho de Blake Edwards nas aventuras do Inspetor Clouseau, estabelece o tom e a proposta desta continuação. O público da época não fez esta conexão e, por conseguinte, estranhou bastante as escolhas criativas do roteirista/diretor Robert Klane.

Ele abraça apertado o absurdo, proporcionando sequências hilárias, já que agora o cadáver é “despertado” ao escutar música, tendo sido alvo de um ritual de vodu. A entrega de Terry Kiser nestas danças é o tipo de material deliciosamente bobo que é favorecido em revisão. Há pequenos momentos inesquecíveis, como o encontro romântico dele com uma jovem na praia, que, ao encostar em seu rosto, afirma de forma despretensiosa: “Você está gelado”. E a caminhada dele ao lado de um submarino? Um senso de humor puramente cartunesco, sem travas, que compreende plenamente a ideia original.

Eu considero “Um Morto Muito Louco 2” ainda mais engraçado que o primeiro, uma pérola que merece ser redescoberta, principalmente hoje em dia, nos tempos do grotesco “politicamente correto”.