Críticas

Dica do DTC – “A Fragata Invicta”, de James Cruze

No “Dica do DTC”, a nova seção do “Devo Tudo ao Cinema”, a intenção não é entregar uma longa análise crítica, algo que toma bastante tempo, mas sim, uma espécie de drops cultural, estimulando o seu garimpo (lembrando que só serão abordados filmes que você encontra com facilidade em DVD, streaming ou na internet). O formato permite que mais material seja produzido, já que os textos são curtos e despretensiosos.

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A Fragata Invicta (Old Ironsides – 1926)

Um relato da expedição de 1813 da famosa fragata USS Constitution – também conhecida como “Old Ironsides” – contra os piratas que então aterrorizavam a navegação americana, com foco na tripulação e nos passageiros de um navio mercante fictício, The Esther, que entrou em conflito com os mesmos piratas.

Um grandioso swashbuckler da era silenciosa do cinema, estrelado por Charles Farrell, Wallace Beery e Esther Ralston, comandado pelo James Cruze, o mesmo de “Os Bandeirantes” (The Covered Wagon – 1923), o primeiro épico faroeste norte-americano.

A produção se beneficiava de uma inovação técnica, o “Magnascope”, trocando em miúdos, o pessoal da Paramount Pictures bolou um artifício que valorizava ainda mais o esforço da equipe nas cenas de batalha naval, a dimensão da tela aumentava em sequências específicas, algo que fez com que a plateia da época aplaudisse de pé durante a projeção.

A subtrama romântica, como era usual no período, recebe muita atenção, diluindo um pouco o investimento emocional no drama do conflito, mas, em seu gênero, eu considero “A Fragata Invicta” tão bom quanto “Scaramouche” (1923) e “The Sea Hawk” (1924).