No “Dica do DTC”, a nova seção do “Devo Tudo ao Cinema”, a intenção não é entregar uma longa análise crítica, algo que toma bastante tempo, mas sim, uma espécie de drops cultural, estimulando o seu garimpo (lembrando que só serão abordados filmes que você encontra com facilidade em DVD, streaming ou na internet). O formato permite que mais material seja produzido, já que os textos são curtos e despretensiosos.
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Zorro (1975)
No Novo Mundo, o governador Don Diego (Alain Delon) encontra a província de Nueva Aragón controlada pelas mãos de aço do corrupto Coronel Huerta (Stanley Baker). Diego finge seguir as ordens de Huerta, mas, em segredo, planeja a morte de seu inimigo. Com a ajuda de um corajoso monge (Giampiero Albertini), ele veste uma máscara e se transforma no Zorro, esforçando-se para, ao mesmo tempo, combater Huerta, manter sua identidade secreta e cortejar a bela Hortensia (Ottavia Piccolo), que também quer acabar com os dias do governante corrupto no poder.
Eu cresci em uma época em que heróis fantasiados eram raros na TV e no cinema, o Batman de Adam West marcou demais a minha infância, a Manchete garantia a diversão com Jaspion, mas, analisando em retrospecto, creio que Zorro tenha sido o personagem mais presente, em variadas interpretações.
A clássica versão da Disney, com Guy Williams, colorizada, já ganhou texto especial no blog. “A Marca do Zorro”, com Tyrone Power, aluguei algumas vezes em VHS, assim como a versão silenciosa de 1920. Eu me recordo com carinho também da série de 1990, com o Duncan Regehr, que acompanhava religiosamente nas tardes do SBT.
Havia também um telefilme muito bom protagonizado pelo Frank Langella, passava com frequência, eu cheguei a gravar em VHS. Mas destaco hoje uma adaptação fascinante, com o Alain Delon, que somente tive a oportunidade de apreciar em versão integral recentemente, já que o corte que era exibido na TV não fazia muito sentido, confundia mais do que qualquer coisa, até mesmo em seu lançamento em DVD, a distribuidora optou pela colcha de retalhos que eliminava mais de 30 minutos, inclusive cenas fundamentais para a compreensão da trama, algo surreal.
Eu recomendo que você busque no Youtube esta pérola, com excelente imagem, filmada na Espanha, dirigida por Duccio Tessari, com a forte presença de Stanley Baker e, no auge do carisma, o grande Alain Delon, que perceptivelmente se divertiu bastante no processo, alternando entre a bravura do justiceiro mascarado e o afeminadíssimo tipo medroso que defende como disfarce em sua jornada para vingar o amigo idealista Miguel (Marino Masé), totalmente contrário ao uso da violência.
Ao conhecer o povoado, Diego reconhece rapidamente os sinais de um microcosmo dominado pela corrupção: aqueles que falam a verdade são punidos severamente e os mais canalhas são recompensados, para que sirvam como fantoches endividados nas garras dos togados. Ele encontra na multidão a esperança representada na figura de um menino (Paulino Rito), que sonha com o retorno da mítica raposa, o símbolo da proteção dos justos. Inspirado no pequeno valente, Diego forja com teatralidade o seu revide, conquistando a admiração da bela Hortensia.
O duelo final é maravilhoso, longo e empolgante, inspirado diretamente no clássico “Scaramouche” (1952), de George Sidney.
Trilha sonora composta por Guido e Maurizio De Angelis:
Trailer:
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