Robin e Marian (Robin and Marian – 1976)
Além de ser consideravelmente fiel à lenda de Robin Hood, esta produção dirigida por Richard Lester conta com a irresistível química entre Sean Connery e Audrey Hepburn, que retornou às telas, após um longo hiato, pressionada pelo filho, que ficou entusiasmado com a possibilidade da mãe trabalhar com o eterno 007.
Nem mesmo as usuais gags visuais do diretor, de comicidade questionável, conseguem prejudicar o bonito tema central da obra, cuja nobreza é emoldurada pela elegância da trilha sonora de John Barry.
A despeito do elemento de aventura obrigatório, a mensagem transmitida possui uma complexidade rara em filmes do gênero, um conflito adulto estruturado na recusa de um herói em envelhecer, a dor da mulher amada ao constatar que ele nunca irá diminuir o ritmo, caminhando resoluto ao encontro da finitude.
E, no meio deste fogo cruzado, o inquebrantável xerife de Nottingham, vivido por Robert Shaw, um velho adversário que é incapaz de ignorar a admiração que sente por aquele rebelde, um respeito entre cavalheiros, homens com cicatrizes profundas e que conseguem reconhecer, intrínseca no caráter de ambos, a impossibilidade de virarem as costas para suas convicções.
O duelo final minimalista, que enfatiza a exaustão de corpos que não conseguem mais sustentar suas espadas com a desenvoltura da juventude, entrega uma emoção cada vez mais esquecida no cinema moderno, escravo do exagero.
O lindo desfecho, que não agradou ao público na época, é uma prova de como o tempo é mais generoso com as decisões criativas que vão contra o senso comum. Um público que esperava satisfazer apenas a necessidade por ação.
O sacrifício da mulher, que havia entregado sua vida à igreja, decidida a impedir que seu herói, o cúmplice de tantas aventuras, sofresse com a obrigatória negação física de seus instintos. E, num ato de devoção suprema, ela percebe que não conseguiria viver sem ele.
A flecha lançada, cujo destino é uma incógnita, o símbolo de uma relação que nunca aceitaria a rendição ao comodismo.
Eu facilitei o seu garimpo cultural, selecionando os melhores filmes dentre aqueles títulos que entraram…
Hoje em dia está na moda nas redes sociais estes desafios lúdicos, logo, decidi entrar…
No “Dica do DTC”, a nova seção do “Devo Tudo ao Cinema”, a intenção não…
Eu facilitei o seu garimpo cultural, selecionando os melhores filmes dentre aqueles títulos que entraram…
O cinema já presenteou o público com muitos filmes magníficos no tema, um dos mais…
Eu facilitei o seu garimpo cultural, selecionando os melhores filmes dentre aqueles títulos que entraram…