A Natureza do Tempo (En attendant les hirondelles – 2017)

Em seu primeiro longa-metragem, o diretor Karim Moussaoui reúne três histórias independentes que compõem um painel da sociedade argelina atual. Mas ele precisava ter feito isto de forma tão cansativa?

São duas horas que se arrastam, com personagens que não facilitam a imersão na narrativa, alongando segmentos sem real necessidade, exibindo tremenda apatia, culminando em um produto que, como aquele bocejo que induz outrem a repetir o ato, falha em compreender algo básico: o espectador precisa estar acordado para entender o filme.

Na primeira história, um investidor do ramo imobiliário, testemunha de um espancamento, lida com as incertezas profissionais do filho. Na segunda, um motorista conduz a mulher que ama para o casamento com outro. Na terceira, a mais prejudicada pelo ritmo canhestro da produção, um médico recebe a grave acusação de que participou outrora de um estupro coletivo. Sem interesse em expandir as discussões que inicia, o roteiro se perde em situações típicas de obras umbilicais, longas passagens de tempo em que nada acontece, como que se buscasse principalmente o aval dos júris dos festivais. O público pouco importa.

A elegância da fotografia de David Chambille é o elemento que torna a experiência menos insuportável.

Cotação: devotudoaocinema.com.br - "A Natureza do Tempo" é um road movie argelino sonolento



Viva você também este sonho...

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