Um Homem, Uma Mulher (Un Homme et Une Femme – 1966)
O despertar do amor entre um solitário (Jean-Louis Trintignant) convicto e uma mulher (Anouk Aimée) precocemente viúva. Ele, piloto de corridas. Ela, roteirista de cinema. Os dois tentam conduzir um relacionamento sincero e bem humorado em meio às insistentes demandas familiares e profissionais.
Claude Lelouch é um criador intensamente passional, suas obras esbanjam sensibilidade, logo, agregou ao longo dos anos uma multidão de fãs no mundo todo. É curioso perceber que, assim como os cineastas brasileiros populares eram desprezados pelos mimados e inseguros realizadores umbilicais do Cinema Novo, o francês também era odiado pelos colegas da Nouvelle Vague, a revista Cahiers du Cinéma adorava apedrejar seus trabalhos.
O seu crime inafiançável aos olhos dos invejosos? Ele é AMADO pelo público. O seu ídolo na área é Woody Allen, e, como ele, Lelouch compreende perfeitamente as minúcias do comportamento humano, sabe dosar bom humor, lágrimas e questões filosóficas, algo que se reflete em pérolas como “Viver por Viver” (1967), “Retratos da Vida” (1981) e “Un Plus Une” (2015).
“Um Homem, Uma Mulher” foi o filme que apresentou seu talento ao mundo, um romance adorável que conquistou a Palma de Ouro em Cannes e o Oscar de Filme Estrangeiro. A grande sacada do diretor foi engrandecer a trama simples ao se apropriar dos recursos estilísticos da Nouvelle Vague, porém, com um diferencial importante, uma apurada inteligência emocional, por exemplo, focando no diálogo interno dos personagens, no não-dito, em detrimento de uma maior coesão narrativa.
É fascinante a singela maneira que Lelouch encontra para mostrar o processo da paixão que nasce entre duas pessoas que haviam perdido tudo, e, principalmente, que acreditavam não merecer esta segunda chance romântica na vida. Olhares e gestos que falam mais do que páginas de diálogos no roteiro.
Trilha sonora composta por Francis Lai:
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