No “Dica do DTC”, a nova seção do “Devo Tudo ao Cinema”, a intenção não é entregar uma longa análise crítica, algo que toma bastante tempo, mas sim, uma espécie de drops cultural, estimulando o seu garimpo (lembrando que só serão abordados filmes que você encontra com facilidade em DVD, streaming ou na internet). O formato permite que mais material seja produzido, já que os textos são curtos e despretensiosos. 

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Mulher Nota Mil (Weird Science – 1985)

Gary Wallace e Wyatt Donnelly são dois adolescentes nada populares com o sexo oposto. Eles resolvem criar no computador de Wyatt, a mulher que eles acreditam ser a ideal. Uma tempestade dá vida a ela, que é “batizada” como Lisa, que é sexy, bonita, determinada, fiel aos seus criadores, mas com um modo de ser que deixa desconcertados todos que cruzam o seu caminho.

Quando se escreve sobre comédias apimentadas adolescentes, não podemos esquecer do mestre John Hughes, ainda que seus projetos fossem refinados demais para o que estávamos acostumados no gênero. O roteiro falava diretamente ao desejo de cada adolescente introvertido, mostrando dois garotos criando no computador a mulher ideal, com a sensualidade absurda de Kelly LeBrock, que já havia desconcertado Gene Wilder em “A Dama de Vermelho”, no ano anterior.

Como era característico, não podia faltar na trilha sonora uma contribuição do Oingo Boingo, gênese de Danny Elfman, parceiro constante de Tim Burton. A grande tirada do filme é a Lisa, desajustada na sociedade (como o monstro de Frankenstein), ajudando os garotos a serem respeitados por seus colegas. E é bacana encontrar, numa ponta, um jovem Robert Downey Jr.

A cena que lembro, sempre que penso no filme, é aquela em que os dois garotos (Anthony Michael Hall e Ilan Mitchell-Smith) estão tomando banho com Lisa. Todos os garotos da turma, no dia seguinte, só falavam nisso…



Viva você também este sonho...

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