No “Dica do DTC”, a nova seção do “Devo Tudo ao Cinema”, a intenção não é entregar uma longa análise crítica, algo que toma bastante tempo, mas sim, uma espécie de drops cultural, estimulando o seu garimpo (lembrando que só serão abordados filmes que você encontra com facilidade em DVD, streaming ou na internet). O formato permite que mais material seja produzido, já que os textos são curtos e despretensiosos.

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Casado com Minha Noiva (Libeled Lady – 1936)

Editor-chefe do New York Evening Star, Warren Haggerty (Spencer Tracy) vive adiando seu casamento com Gladys (Jean Harlow) em virtude da situação do jornal. Tudo piora quando ele perde um processo milionário por difamação e se vê obrigado a bolar um plano para dar o troco.

Jean Harlow foi uma das musas da era de ouro do cinema, gosto bastante de seu trabalho em “A Mulher Parisiense dos Cabelos de Fogo” (1932) e “Mademoiselle Dinamite” (1933), mas considero que o melhor filme em que ela trabalhou foi o injustamente esquecido “Casado com Minha Noiva”, um delicioso e afiado roteiro defendido por medalhões como Myrna Loy e William Powell, repetindo a parceria que encantou o mundo em “A Ceia dos Acusados”, além do sempre espetacular Spencer Tracy, uma trama que, em revisão, segue muito eficiente.

O ritmo impecável, a sofisticação da produção no padrão de qualidade da MGM, a entrega espirituosa de diálogos ferinos, e, claro, o carisma transbordante do elenco imediatamente posicionam esta pérola no panteão das chamadas “screwball comedies” (comédias malucas), muito acima da média do período, um tesouro que merece ser redescoberto.

  • Você encontra o filme em DVD e, claro, garimpando na internet.


Viva você também este sonho...

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