Ho, O Sujo (Lan Tou He – 1976)

Ho (Wong Yue) é um impetuoso ladrão de joias que acredita ser muito esperto. Wang (Gordon Liu) é um príncipe disfarçado que passa seu tempo admirando arte, colecionando antiguidades e degustando vinhos. Quando os dois se encontram, Wang percebe o grande potencial de Ho e arma um plano para que ele tenha que o servir sem revelar sua verdadeira identidade.

A trama é um tanto quanto confusa, o segundo ato é problemático, mas as coreografias e as ideias criativas que as envolvem estão entre as melhores já feitas no gênero, como nas tentativas de se disfarçar das pessoas ao redor que os personagens estão trocando sopapos, escondendo seus movimentos com uma surreal atitude passiva.

É curioso que muitos cinéfilos valorizem a arte por trás das danças nos musicais, mas tenha preconceito com a arte por trás das lutas dos filmes de artes marciais.

A direção só podia ser do mestre Chia-Liang Liu (também conhecido como Lau Kar-Leung), com o refinamento dos estúdios Shaw Brothers, combinação que garante também momentos hilários, politicamente incorretos se analisados hoje, como a sequência da visita dos sete guerreiros efeminados, ou a ameaça pythoniana dos “quatro demônios deficientes físicos”.

O ponto alto é o confronto final, com Gordon Liu sem poder utilizar uma das pernas, unindo forças com Wong Yue, contra os adversários.



Viva você também este sonho...

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