No “Dica do DTC”, a nova seção do “Devo Tudo ao Cinema”, a intenção não é entregar uma longa análise crítica, algo que toma bastante tempo, mas sim, uma espécie de drops cultural, estimulando o seu garimpo (lembrando que só serão abordados filmes que você encontra com facilidade em DVD, streaming ou na internet). O formato permite que mais material seja produzido, já que os textos são curtos e despretensiosos.

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A História de Karen Carpenter (The Karen Carpenter Story – 1989)

A trágica história da cantora Karen Carpenter (Cynthia Gibb), de sua meteórica ascensão com o grupo The Carpenters, que formou ao lado de seu irmão Richard (Mitchell Anderson), às graves crises provocadas por distúrbios alimentares, que acabariam lhe custando a vida.

Este telefilme foi um sucesso na época em que estreou, o público brasileiro também abraçou carinhosamente a homenagem àquela que considero a voz feminina mais linda da história da música, a saudosa Karen Carpenter. Hoje, neste mundo reiniciado por psicopatas, pode parecer loucura resgatar uma obra que celebra delicadeza, melodias bonitas, letras inteligentes e sensíveis, mas sigo remando contra a corrente.

O meu contato com a obra foi ainda na infância, em alguma exibição noturna televisiva, já escutava em casa os LPs, o triste fim de Karen já havia sido assunto nas reuniões familiares. Atravessei a adolescência sendo o esquisito que gostava de “coisa velha”, tinha os CDs, veio a era da internet discada, tive a oportunidade de assistir ao show no Japão, que baixei durante uma madrugada inteira, e, no início da era do DVD, quando eu ainda nem tinha o aparelho, comprei na banca de jornal uma revista que vinha com a coletânea de videoclips “Carpenters – Super Hits” em ótima qualidade de imagem.

Na revisão para este texto, as compreensíveis fragilidades técnicas se destacaram, mas sigo gostando do desempenho de Cynthia Gibb. O roteiro de Barry Morrow, levando em conta as restrições naturais de um produto para TV, explora de forma até bastante contundente questões espinhosas, como a dependência química de Richard e a anorexia de Karen, evidenciando também o papel destrutivo da mãe excessivamente controladora, vivida pela sempre competente Louise Fletcher.

  • Você encontra o filme facilmente garimpando na internet.

Aproveitando o ensejo, eu selecionei as minhas 10 canções favoritas no repertório dos Carpenters. Coloque o headphone e aumente o som:



Viva você também este sonho...

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