No “Dica do DTC”, a nova seção do “Devo Tudo ao Cinema”, a intenção não é entregar uma longa análise crítica, algo que toma bastante tempo, mas sim, uma espécie de drops cultural, estimulando o seu garimpo (lembrando que só serão abordados filmes que você encontra com facilidade em DVD, streaming ou na internet). O formato permite que mais material seja produzido, já que os textos são curtos e despretensiosos.

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Felicidade Proibida (The Stranger’s Return – 1933)

Uma mulher (Miriam Hopkins) que acaba de se divorciar deixa Nova York para visitar a fazenda de seu avô (Lionel Barrymore) e se recuperar, onde inesperadamente se apaixona por um fazendeiro (Franchot Tone) casado.

Eu creio que conheci esta obra lendo sobre o mestre japonês Yasujiro Ozu na época da faculdade de propaganda e marketing, “Felicidade Proibida” era um dos seus filmes favoritos, motivo de sobra para procurar desesperadamente o título em todas as locadoras de vídeo.

Como não encontrei, tive que aguardar alguns anos para que o maravilhoso garimpo na internet discada finalmente possibilitasse a sessão. Vale ressaltar que, até hoje, esta pérola do fascinante período pré-code hollywoodiano, um dos melhores trabalhos na carreira do grande Lionel Barrymore, não foi lançada em mídia física no Brasil, mas, claro, tenho ela na coleção gravada em excelente qualidade de imagem e som.

Um drama da época em que os adultos pensavam, escreviam, falavam e agiam como indivíduos maduros, uma trama que aborda desejos conflituosos, o valor da coragem, com diálogos inteligentes que suscitam reflexões profundas. Os protagonistas não conseguem o que querem, apenas o que deveriam querer, há maturidade suficiente para que eles aceitem a realidade conscientes de que, em longo prazo, tudo ficará bem.

Um tesouro da década de 1930 que merece ser redescoberto.

  • Você encontra o filme com facilidade garimpando na internet.


Viva você também este sonho...

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