CRÍTICA ESCRITA E PUBLICADA ORIGINALMENTE EM 08/10/2015.

Bata Antes de Entrar (Knock Knock – 2015)

Em uma noite chuvosa, duas belas mulheres batem à porta de Evan Webber. Ele está sozinho em casa, já que a esposa e filho estão viajando. Não demora muito para que ambas o seduzam, tendo uma noite de amor com ele. Só que, no dia seguinte, elas passam a persegui-lo implacavelmente.

Eli Roth é um diretor muito limitado, e, a cada novo projeto, eu tenho novos argumentos para sustentar essa afirmação. Uma espécie de refilmagem não-oficial do fraco “Death Game”, de 1977, utilizando a mesma premissa: um pai de família sozinho em casa, permite a entrada de duas belas jovens desconhecidas, com esperança de animar sua noite chuvosa, apenas para descobrir, no dia seguinte, que está sendo vítima de sádicas torturadoras.

Afirmar, como forma de minimizar os defeitos, que é uma produção voltada para a diversão de adolescentes, perdoe a franqueza, é subestimar tremendamente o critério de qualidade da faixa etária. Tudo, da direção de arte nada sutil, passando pela montagem, até a trilha sonora, é, sendo gentil, tolo e dispensável.

As tentativas de construção de um terror psicológico, elemento que poderia salvar o projeto, soam como exercícios de estudantes iniciantes na faculdade de cinema. Não há tensão alguma, o que seria essencial, no mínimo, para manter a atenção, já que o roteiro não constrói de forma competente as motivações de seus personagens.

O desfecho, uma reviravolta boba que enxergamos cerca de trinta minutos antes, deixa um gosto amargo de precioso tempo perdido e dinheiro jogado fora. “Bata Antes de Entrar” não serve nem pra fazer número em prateleira de videolocadora. Keanu precisa, urgentemente, trocar de agente.



Viva você também este sonho...

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