Críticas

Dica do DTC – “Lucky Luke”, de Terence Hill

No “Dica do DTC”, a nova seção do “Devo Tudo ao Cinema”, a intenção não é entregar uma longa análise crítica, algo que toma bastante tempo, mas sim, uma espécie de drops cultural, estimulando o seu garimpo (lembrando que só serão abordados filmes que você encontra com facilidade em DVD, streaming ou na internet). O formato permite que mais material seja produzido, já que os textos são curtos e despretensiosos.

***

Lucky Luke (1991)

Lucky Luke (Terence Hill) se torna o xerife de Daisy Town e expulsa todos os criminosos. Então, os irmãos Dalton chegam e tentam fazer com que os índios quebrem o tratado de paz e ataquem a cidade.

Os sebos, incluindo aqueles informais, leia-se, onde as obras ficam na calçada, sempre foram minha segunda casa, praticamente toda a minha coleção de livros e quadrinhos é fruto de garimpos nestes templos da cultura.

O meu primeiro contato com o franco-belga Lucky Luke, cowboy criado por Morris (Maurice de Bévère), medalhão da escola Marcinelle, foi na adolescência, durante uma destas visitas demoradas, encontrei por valores irrisórios pérolas divertidíssimas como “Carris na Pradaria” e “A Evasão dos Dalton”, edições lançadas em Portugal, já da fase em que o personagem era escrito pelo grande René Goscinny, criador de Asterix. Aproveitando o ensejo, indico histórias excelentes que fui garimpando ao longo dos anos, como “O Bandido Maneta”, “Canyon Apache” e “Caçador de Prêmios”.

A adaptação cinematográfica, também piloto de uma série que durou pouco, é dirigida e protagonizada por Terence Hill, com o roteiro assinado pela esposa, Lori Hill, inspirado no longa animado “Daisy Town” (1971), que virou quadrinho em 1983. A primeira sequência já capta o senso de humor do material original, redirecionando a sátira de forma mais objetiva para as convenções do faroeste na tela grande, culminando em um inesperado improviso jazzístico entre o trompete da cavalaria norte-americana e o tambor indígena.

As nítidas restrições orçamentárias não prejudicam o resultado, o carinho da equipe pelo personagem é inegável, assim como o respeito com o público-alvo infantil.

  • Você encontra o filme com facilidade no Youtube.

Música-tema (“Lucky Luke Rides Again”) cantada por Roger Miller:

Octavio Caruso

Viva você também este sonho...

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