Roberto Carlos a 300 Quilômetros por Hora (1971)
Mecânico (Roberto Carlos) de concessionária de automóveis tem talento para correr com carros possantes de clientes e decide formar uma equipe de automobilismo, mas meio improvisada. Ele tem a grande chance de se transformar em piloto profissional quando o corredor principal, seu patrão (Raul Cortez), sofre acidente grave e fica traumatizado com corridas automobilísticas.
Se Elvis Presley brincou de ser piloto profissional em “Amor a Toda Velocidade” (1964), “Minhas Três Noivas” (1966) e “O Bacana do Volante” (1968), pô, bicho, Roberto Carlos não poderia deixar barato, o seu último projeto cinematográfico, novamente com a direção de Roberto Farias, utiliza o universo do automobilismo como terreno para explorar o carisma do cantor.
E, como Elvis havia feito no faroeste “Charro” (1969), Roberto não aparece cantando em nenhuma cena, as músicas são apresentadas durante a aventura, uma tentativa de impor uma seriedade desnecessária, já que a história, por si só, não é nada especial.
A opção acertadíssima de começar a obra com a excelente “Todos Estão Surdos” dá o tom. Erasmo é apresentado como o elemento cômico, quase slapstick, um recurso que funciona e compensa as suas limitações como ator.
A bela “De Tanto Amor” é o tema romântico, trechos de sua melodia vão sendo incorporados em momentos que flertam com o surrealismo, até irromper em sua forma plena, com letra, na sensível sequência final.
É uma pena que Roberto não tenha protagonizado mais filmes, o seu desempenho como ator se mostra muito melhor desta feita, com uma trama que se leva mais a sério.
Aproveitando o ensejo, complementando as listas de discos DESTA postagem e DESTA, finalizo selecionando abaixo mais 2 ótimos trabalhos usualmente pouco celebrados do Roberto Carlos, pérolas que merecem ser lembradas com mais carinho:
Roberto Carlos (1963)
O primeiro disco oficial (após o fraco “Louco Por Você”), aquele que apresentava o cantor no estilo que dominava o mundo na época, costuma ser desprezado. É claro que a qualidade técnica e os arranjos melhorariam bastante nos discos seguintes, mas há joias escondidas, como “Na Lua Não Há”, “Baby, Meu Bem”, “Professor de Amor”, além dos clássicos “Splish Splash” e “Parei na Contramão”.
Roberto Carlos (1992)
O (raro) sorriso na capa já sinaliza uma mudança de tom após o período pouco inspirado da década de 80, “Mulher Pequena” é adorável, acabou se tornando o maior sucesso do disco, mas destaco a alta qualidade de pérolas como “Você é Minha”, “Dito e Feito”, “De Coração” e a linda “Dizem Que Um Homem Não Deve Chorar”.
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