Sobibor (2018)

Baseado na história do levante do campo de extermínio de Sobibor durante a Segunda Guerra Mundial e do oficial soviético Alexander Pechersky (Konstantin Khabenskiy). Quando era prisioneiro de guerra em Sobibor, ele conseguiu fazer o impossível – organizar uma revolta e fuga em massa dos prisioneiros.

Eu gosto bastante do telefilme “Fuga de Sobibor”, de 1987, protagonizado por Rutger Hauer e Alan Arkin, que continua sendo o melhor projeto sobre o levante, mas a qualidade técnica de “Sobibor” é inegável, direção de arte, fotografia, figurino, elementos impecáveis. É uma pena que o ritmo excessivamente lento prejudique a experiência.

Ao buscar uma abordagem fria, dificulta a imersão do público, falhando em delinear personagens minimamente carismáticos, esvaziando de emoção sequências de grande potencial dramático, feito de incompetência considerável se considerarmos o tema que está sendo trabalhado. O roteiro se debruça generosamente na estética da violência, filmada com requintes de brutalidade típicos do subgênero torture porn, opção que dessensibiliza o espectador em pouco tempo, reforçando o maniqueísmo rasteiro, o desenvolvimento simplório dos personagens.

Os diálogos são quase sempre tolos, material de telenovela mexicana, ressaltando o óbvio ou soando artificiais em momentos inapropriados. A proposta realista existe apenas na teoria, já que o recurso da câmera lenta é utilizado sem medo em algumas situações, servindo apenas como ferramenta de marketing, o resultado beira o sensacionalismo barato, que, aliado à mão pesada do diretor, deixa as atuações com ar de reality show, incluindo um deslocado Christopher Lambert.

“Sobibor” banaliza o mal e consegue uma proeza inglória impressionante, injetar indiferença à equação.

Cotação: devotudoaocinema.com.br - Crítica de "Sobibor", de Konstantin Khabenskiy



Viva você também este sonho...

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