Corrida Sem Fim (Two-Lane Blacktop – 1971)
Os personagens Piloto e Mecânico viajam pelas estradas americanas em um Chevy 55 à procura de competições de corrida.
Monte Hellman é um dos grandes diretores da Nova Hollywood, ainda que seja talvez o menos lembrado, uma baita injustiça. Tive a honra de fazer uma entrevista exclusiva com ele para o “Devo Tudo ao Cinema”.
Quando dirigiu “Corrida Sem Fim”, ele já havia lançado aquele que considero sua obra-prima, o faroeste “The Shooting”, mas não posso esquecer também pérolas em sua filmografia como “Galo de Briga” e “A Vingança de Um Pistoleiro”.
Quem conhece o estilo do diretor, incapaz de subestimar o público, não vai se surpreender com a grandiosidade deste road movie sem início e fim, uma estrutura aparentemente simples protagonizada por personagens lacônicos, vividos pelos músicos James Taylor e Dennis Wilson, com motivações enigmáticas, reforçada por uma atuação irrepreensível de Warren Oates.
O silêncio dominante exerce efeito hipnótico, com a estrada simbolizando a necessidade de se manter a esperança enquanto todos os bloqueios são atirados em sua direção, o ronco libertário do motor como o grito de resistência do indivíduo, na busca incessante por um caminho, sem entender a funcionalidade do destino.
Rever esse filme é, acima de tudo, um exercício terapêutico. A vida, afinal, não passa de um borrão que captamos de olhos marejados pela janela de um veículo que acelera rumo ao nada. E, mesmo assim, seguimos acelerando apenas para manter o motor funcionando.
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