No “Dica do DTC”, a nova seção do “Devo Tudo ao Cinema”, a intenção não é entregar uma longa análise crítica, algo que toma bastante tempo, mas sim, uma espécie de drops cultural, estimulando o seu garimpo (lembrando que só serão abordados filmes que você encontra com facilidade em DVD, streaming ou na internet). O formato permite que mais material seja produzido, já que os textos são curtos e despretensiosos.

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Regeneração (Regeneration – 1915)

O grande Raoul Walsh, após aprender tudo o que podia trabalhando com o mestre D.W. Griffith, estreou na indústria com esta pérola da era silenciosa, pioneira no tema dos gângsteres, que surpreende pela atemporalidade, em revisão para este texto, segue eficiente, prendendo a atenção como no dia de seu lançamento.

No elenco, a presença brilhante da bela sueco-americana Anna Q. Nilsson, no auge do seu sucesso, medalhão da era de ouro, atriz que os cinéfilos mais dedicados reconhecem por sua participação no estupendo “Crepúsculo dos Deuses” (1950), de Billy Wilder.

Walsh apreciava a abordagem realista, logo, não há aquela romantização que se tornaria o padrão anos depois em obras como “Alma no Lodo” (1931) ou “Scarface – A Vergonha de Uma Nação” (1932), ele busca a autenticidade na jornada do jovem de origem difícil que se tornou delinquente, Owen (Rockliffe Fellowes), alguém que, tendo que sobreviver nas ruas desde muito novo, come o pão que o diabo amassou, até que atravessa em seu caminho a benevolente assistente social Marie (Nilsson).

Eu destaco uma sequência que é impressionante, até para os olhos anestesiados dos espectadores modernos, o incêndio na balsa, fico imaginando o impacto do momento no público da época.

  • Você encontra facilmente o filme garimpando na internet.


Viva você também este sonho...

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