No “Dica do DTC”, a nova seção do “Devo Tudo ao Cinema”, a intenção não é entregar uma longa análise crítica, algo que toma bastante tempo, mas sim, uma espécie de drops cultural, estimulando o seu garimpo (lembrando que só serão abordados filmes que você encontra com facilidade em DVD, streaming ou na internet). O formato permite que mais material seja produzido, já que os textos são curtos e despretensiosos.
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O Super Cérebro (Le Cerveau – 1969)
Dois indivíduos preparam-se para assaltar um trem especial que transporta fundos secretos da OTAN. Do lado francês está Arthur (Jean‑Paul Belmondo), um bandidinho esperto que é ajudado por Anatole (Bourvil). Do outro lado, o Cérebro, que dispõe de meios consideráveis para agir.
Uma comédia maravilhosa comandada pelo sempre competente Gérard Oury, que conta no elenco com nomes como Bourvil, Jean-Paul Belmondo, David Niven e Eli Wallach, infelizmente esquecida nas prateleiras do tempo, mas que tive o prazer de conhecer na infância, se não me falha a memória, em alguma exibição noturna televisiva.
A capacidade do diretor de impor um ritmo frenético, sem prejudicar a imersão do público, característica que também é notada em seu filme mais famoso, “A Grande Escapada” (1966), transforma esta farsesca homenagem aos filmes de assalto em um espetáculo, proporcionando a cada artista vários momentos brilhantes, inclusive Bourvil, que, apesar de já sofrer muito com o mieloma múltiplo, sentindo dores insuportáveis durante as filmagens, entregou uma das melhores atuações de sua carreira.
O segredo do sucesso da obra pode ser captado na excelente autobiografia de Belmondo, em que ele reforça o agradável clima de camaradagem familiar que Oury sempre criava em suas produções, verdadeiras colônias de férias, algo que se reflete cristalinamente no produto final. E, levando em consideração que o diretor iniciou este projeto com total apoio dos executivos, após o lucro impressionante nas bilheterias de “O Trouxa” (1965) e o já citado “A Grande Escapada”, você consegue sentir no ar a leveza de quem estava operando com total liberdade criativa, visando alcançar desta feita o mercado internacional.
Um tesouro do cinema francês que merece ser redescoberto.
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