No “Dica do DTC”, a nova seção do “Devo Tudo ao Cinema”, a intenção não é entregar uma longa análise crítica, algo que toma bastante tempo, mas sim, uma espécie de drops cultural, estimulando o seu garimpo (lembrando que só serão abordados filmes que você encontra com facilidade em DVD, streaming ou na internet). O formato permite que mais material seja produzido, já que os textos são curtos e despretensiosos.
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O Corcunda de Notre-Dame (The Hunchback of Notre-Dame – 1939)
O elemento que eleva esta adaptação do livro de Victor Hugo ao status de obra-prima carrega o nome de Charles Laughton.
O trabalho que o ator realiza, encapsulando em um olho, já que o outro se esconde por trás da maquiagem protética, toda a angústia de um espírito livre, preso em um corpo acorrentado, deformado e surdo, emociona profundamente.
O seu amor pela cigana Esmeralda, vivida pela bela Maureen O’Hara, nasce de um gesto de piedade, quando a jovem enfrenta o escárnio do povo, que castigava Quasimodo por ser um reflexo indesejado deles próprios no espelho da vida, dando-lhe de beber. E como é incrível a forma como Laughton trabalha a cena, movimentando seu corpo inicialmente em repúdio.
O desfecho também merece ser salientado, com o clássico momento em que ele confessa para uma gárgula o seu desejo de ser como ela, feito de pedra. Comparado ao final do livro, pode ser considerado feliz, mas na realidade é ainda mais triste que o do livro, já que o trágico herói constata que ele será sempre um solitário, independentemente do quanto queira bem os outros. Enquanto a mulher que ama parte com outro, somente lhe resta o ilusório conforto trazido pelas vibrações emitidas pelos seus únicos amigos: os sinos da catedral de Notre-Dame.
Uma das primeiras colaborações de Robert Wise como editor (logo depois participaria de “Cidadão Kane” e acabaria se tornando um diretor de sucesso, com obras como “A Noviça Rebelde” e “O Dia em que a Terra Parou”), esta bela produção do diretor William Dieterle sobreviveu bem ao árduo teste do tempo.
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