Quando eu era criança, tive meu primeiro contato com a zarzuela através da exibição televisiva do magnífico “Os Três Tenores In Concert” (1994).
Claro que naquela idade eu não sabia o que era uma zarzuela, mas uma das canções do show que eu memorizei e ficava cantando baixinho na escola e nos encontros familiares (para o espanto das professoras e dos parentes) era “Amor, Vida de Mi Vida“, defendida por Plácido Domingo (fiz questão de incluir o vídeo em questão no final da matéria).
Muitos anos depois, já na fase de garimpo cultural na internet, por curiosidade, busquei informações sobre a música, foi quando descobri que ela era composta por Federico Moreno Torroba para a zarzuela “Maravilla”. Há um filme, lançado em 1957, parece até que a música nem é tocada, mas nunca consegui encontrar.
O que é então a zarzuela? Trocando em miúdos, ela é uma ópera espanhola, focada em temas regionais, contos folclóricos, algo essencialmente popular.
Eu selecionei três ótimas zarzuelas que você encontra com facilidade na internet. A lista está na ordem de lançamento.
LA REVOLTOSA (1950)
Adaptação da zarzuela de José López Silva, Carlos Fernández Shaw e Ruperto Chapí, dirigida por JOSÉ DÍAZ MORALES.
A bela Mari Pepa (Carmen Sevilla), que trabalha como passadeira, mora com o irmão e a tia nas favelas de Madri. O irmão causa problemas e ela é forçada a abandonar o local. O destino faz com que ela se mude para o cortiço onde Felipe (Tony Leblanc), que é apaixonado pela jovem, também é inquilino.
Trecho:
“Cuando clava mi moreno”:
DOÑA FRANCISQUITA (1952)
“Francisquita” (Mirtha Legrand) ama Fernando (Armando Calvo) em segredo, mas ele se apaixonou por outra mulher, Aurora “La Beltrana” (Emma Penella), uma garota temperamental de Madrid, acostumada a flertar com muitos homens.
Pérola dirigida por LADISLAO VAJDA, de “Marcelino Pão e Vinho” (1955), adaptando a zarzuela de Amadeo Vives, Federico Romero Sarachaga e Guillermo Fernández-Shaw. O filme foi apresentado no Festival de Cannes de 1953.
Trecho:
“Fandango”:
LA VERBENA DE LA PALOMA (1963)
A vida transcorre tranquilamente num bairro tradicional de Madrid. Duas lindas meninas, Susana (Concha Velasco) e Casta (Irán Eory), trabalhadoras de um comércio local, aceitam o namoro de um boticário maduro, Don Hilarión (Miguel Ligero). Este carinho não agrada o jovem Julián (Vicente Parra), que está apaixonado por Susana. Tudo se complica quando chega o dia da festa de La Paloma e as duas jovens, lindas como sempre com seu xale pardo e vestido de seda chinesa, decidem acompanhar seu antigo admirador.
Dirigida por JOSÉ LUIS SÁENZ DE HEREDIA, esta é a competente refilmagem colorida do clássico espanhol homônimo de 1935, dirigido por Benito Perojo, adaptando a zarzuela de Ricardo de la Vega e Tomás Bretón. Vale destacar que o original foi restaurado na década de 90 pela Filmoteca Espanhola, apesar de ser considerado incompleto, também pode ser facilmente encontrado na internet.
Trailer:
“Preludio”:
***
A música que marcou minha infância e que me fez, muitos anos depois, descobrir e estudar a zarzuela:
Eu facilitei o seu garimpo cultural, selecionando os melhores filmes dentre aqueles títulos que entraram…
27 Noites (27 Noches - 2025) Uma mulher (Marilú Marini) é internada em uma clínica…
No “Dica do DTC”, a nova seção do “Devo Tudo ao Cinema”, a intenção não…
Eu facilitei o seu garimpo cultural, selecionando os melhores filmes dentre aqueles títulos que entraram…
Hoje em dia está na moda nas redes sociais estes desafios lúdicos, logo, decidi entrar…
No “Dica do DTC”, a nova seção do “Devo Tudo ao Cinema”, a intenção não…