No “Dica do DTC”, a nova seção do “Devo Tudo ao Cinema”, a intenção não é entregar uma longa análise crítica, algo que toma bastante tempo, mas sim, uma espécie de drops cultural, estimulando o seu garimpo (lembrando que só serão abordados filmes que você encontra com facilidade em DVD, streaming ou na internet). O formato permite que mais material seja produzido, já que os textos são curtos e despretensiosos.
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Simbad e o Olho do Tigre (Sinbad and the Eye of the Tiger – 1977)
Simbad (Patrick Wayne), Príncipe de Bagdá, vai ao castelo do príncipe Kassim (Damien Thomas) pedir a mão de sua irmã (Jane Seymour) em casamento. Porém, ele o encontra enfeitiçado por sua maligna madrasta (Margaret Whiting). Para quebrar a magia, ambos partem em uma jornada nunca antes realizada.
Antes de qualquer coisa, preciso deixar registrado que este filme marcou bastante minha adolescência, quando era exibido na Sessão da Tarde e no Cinema em Casa. Eu poderia ser elegante e colocar na conta dos efeitos em stop-motion do mestre Ray Harryhausen, mas o real motivo do meu apreço na época era esta dupla, Taryn Power (filha de Tyrone Power) e Jane Seymour.
O garoto introvertido de outrora colava o rosto na telinha de 14 polegadas e tentava prestar atenção na trama quando estas beldades estavam em cena.
A Columbia estava voando alto com o sucesso dos projetos anteriores, “Simbad e a Princesa” (1958, leia meu texto sobre ele clicando AQUI) e “A Nova Viagem de Simbad” (1973), que ainda estava atraindo multidões nas salas de cinema, logo, decidiu apostar novamente na temática.
O estúdio escalou desta feita um diretor mais competente na condução do elenco, para minimizar o problema comum dos anteriores, personagens que se assemelhavam a tiras de cartolina passeando pelos cenários, na crença de que o deslumbramento do público com as criaturas tirasse o foco da insegurança na entrega dos diálogos.
O ator Sam Wanamaker, que tinha muita experiência dirigindo episódios de séries, foi contratado para a missão, o resultado superior é evidente já nas primeiras cenas, ele consegue até mesmo extrair uma atuação digna do protagonista Patrick Wayne, filho de John Wayne, que herdou o carisma do pai, mas definitivamente não é um profissional de muitos recursos.
O filme segue divertido em revisão, prende a atenção do início ao fim, o meu favorito da trilogia.
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