No “Dica do DTC”, a nova seção do “Devo Tudo ao Cinema”, a intenção não é entregar uma longa análise crítica, algo que toma bastante tempo, mas sim, uma espécie de drops cultural, estimulando o seu garimpo (lembrando que só serão abordados filmes que você encontra com facilidade em DVD, streaming ou na internet). O formato permite que mais material seja produzido, já que os textos são curtos e despretensiosos.
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O Voo (Flight – 2012)
O motor de um avião dá problema, e o piloto Whisp Whitaker (Denzel Washington) consegue salvar a aeronave e seus passageiros, tornando-se um herói. Mas a Administração Federal de Aviação investiga o episódio e encontra evidências de abuso de álcool e drogas após um exame de sangue. O problema é posto de lado para tentar preservar a imagem do comandante, que está determinado a mudar o rumo de sua vida.
Antes deste processo financiado de destruição dos alicerces culturais do ocidente se intensificar nos últimos cinco anos, o cinema americano entregava nas salas obras de alta qualidade como esta quase que semanalmente, foi um período criativo que provavelmente jamais se repetirá.
A maturidade psicológica do roteiro de John Gatins combina perfeitamente com a sensibilidade do diretor Robert Zemeckis, honrando mestres do passado como Billy Wilder (em “Farrapo Humano”) e Blake Edwards (em “Vício Maldito”) no tratamento deste delicado tema.
A intensidade dramática dos primeiros trinta minutos tira o fôlego do público, evidenciando as falhas estruturais do protagonista, ao mesmo tempo em que afirma o seu brilhantismo enquanto piloto, uma escolha narrativa acertada, preparando o terreno para que no segundo ato a trama explore o elemento do resgate da fé.
Nesta mensagem, a trama se mostra mais complexa, quando aquele homem que zombava da religiosidade alheia acaba descobrindo a eficácia dela no romper das correntes do medo. A máquina não é infalível, este ponto é ressaltado sutilmente próximo ao desfecho, na cena do interrogatório, em que a investigadora é forçada a se levantar quando o controle remoto para de funcionar.
Os seres humanos se consideram tão inteligentes, a ciência, que hoje foi perigosamente transformada em algo que não pode ser questionado, empalidece diante do oceano de possibilidades que desconhecemos. A fé é, acima de tudo, um gesto de respeitosa humildade.
Denzel Washington, em momento inspiradíssimo, uma das melhores interpretações de sua carreira, plena em camadas, conduz o espectador pela mão do início ao fim.
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