Eu amo preparar esta tradicional lista de 10 Melhores Filmes lançados no Brasil, nas salas de cinema e nas plataformas de streaming, algo que profissionalmente entrego desde 2008 (e, antes de atuar na área, desde 2002 – você encontra todas as listas no “Devo Tudo ao Cinema”, no tema “TOP”).
O cinema atravessa uma fase terrível, mas, contra todas as probabilidades, a arte sempre encontra uma forma de sobreviver.
Aproveito o ensejo para desejar Feliz Natal, uma linda passagem de ano e agradecer pela carinhosa atenção com o meu trabalho. Que 2026 seja mais gentil com todos nós.

1 – A GAROTA DA AGULHA, de Magnus von Horn
O diretor sueco-polonês Magnus von Horn, que assina o roteiro com a Line Langebek Knudsen, encontrou uma forma plena em simbolismo de contar a história real da Dagmar Overbye, traçando um sutil, corajoso e inteligente paralelo, verdadeiramente perturbador, com o que os lúcidos no mundo testemunharam nos últimos cinco anos…
LEIA MINHA CRÍTICA COMPLETA CLICANDO AQUI.

2 – CASA DE DINAMITE, de Kathryn Bigelow
O roteiro de Noah Oppenheim, do elegante “Jackie” (2016), opta pela estrutura fragmentada do clássico “Rashomon” (1950), de Akira Kurosawa, analisando a mesma situação por perspectivas diferentes, utilizando as convenções do thriller como facilitadora ponte para suscitar no público uma importante e perturbadora reflexão sobre a perigosa fragilidade de uma realidade conscientemente abandonada nas garras do caos…
LEIA MINHA CRÍTICA COMPLETA CLICANDO AQUI.

3 – F1 – O FILME, de Joseph Kosinski
Joseph Kosinski, o talento por trás do excelente “Top Gun – Maverick”, retorna entregando o mesmo nível de excelência, resgatando algo que nunca pode ser esquecido: a compreensão da sala de cinema como elemento fundamental na experiência…
LEIA MINHA CRÍTICA COMPLETA CLICANDO AQUI.
4 – STEVE, de Tim Mielants
A forma como a trama insinua a identificação que ocorre entre Steve e o jovem Shy, almas perturbadas separadas pelo véu da autoridade, além de inteligente e sensível, ajuda a estabelecer com segurança o papel fundamental dos profissionais da educação verdadeiramente vocacionados, principalmente aqueles que sacrificam a própria saúde mental na tentativa de resgatar das sombras do desprezo os que são tidos pela sociedade como casos perdidos…
LEIA MINHA CRÍTICA COMPLETA CLICANDO AQUI.

5 – ÉDEN, de Ron Howard
A humanidade nunca aprende, o caminho para o cíclico fim sempre se inicia e é alimentado por sonhos utópicos, que, por sua vez, escondem ambições totalitárias, acúmulo de poder e a submissão alheia. O roteiro de Noah Pink utiliza o caso como fábula moral, com o personagem vivido por Jude Law servindo como a voz do questionamento filosófico existencial nietzschiano, o homem que se afastou do mundo e escolheu adotar o hedonismo…
LEIA MINHA CRÍTICA COMPLETA CLICANDO AQUI.

6 – 27 NOITES, de Daniel Hendler
A atuação de Marilú Marini personifica em cada sutil gesto o leitmotiv do caráter inegociável da verdade, a sua segurança em cena, apesar da natural fragilidade física da idade, potencializa a corajosa lucidez de uma mãe profundamente magoada, mas disposta ao enfrentamento até as últimas consequências por sua inestimável dignidade…
LEIA MINHA CRÍTICA COMPLETA CLICANDO AQUI.
7 – PECADORES, de Ryan Coogler
O filme ganha pontos ao ecoar inteligentemente a lenda do pacto que teria sido feito pelo guitarrista Robert Johnson, há um interlúdio brilhante que entrelaça vários períodos de tempo, unidos poeticamente pela liberdade conquistada através da pureza de alma alcançada ao se expressar musicalmente. A sequência é inteligente em sua proposta e execução, o ponto alto da obra…
LEIA MINHA CRÍTICA COMPLETA CLICANDO AQUI.
8 – VITÓRIA, de Andrucha Waddington
Quando soube que esta história real seria adaptada para o cinema, estranhei, uma produção brasileira atual que condena a bandidolatria? Uma falha na Matrix? Uma coisa é certa, a escassa divulgação da obra na imprensa e o pouco barulho que causou nas redes sociais provam que o tema não agradou aos fantoches do sistema…
LEIA MINHA CRÍTICA COMPLETA CLICANDO AQUI.
9 – FAROL DA ILUSÃO, de Matty Brown
Um filme lindo, extremamente delicado, que encontrou um caminho lúdico para trabalhar os traumas psicológicos irreversíveis nas mentes dos pequenos que vivenciam o cotidiano das guerras em qualquer parte do mundo, seres indefesos, puros, inseridos no caos…
LEIA MINHA CRÍTICA COMPLETA CLICANDO AQUI.

10 – CHICO BENTO E A GOIABEIRA MARAVIÓSA, de Fernando Fraiha
O espírito do personagem dos quadrinhos é honrado com uma delicadeza pouco usual nos dias de hoje, o tema da defesa da natureza (ainda que pela ótica inocente da criança) poderia ser utilizado como elemento panfletário de várias agendas ideológicas, Hollywood atualmente é especialista nisto, algo que seria desastroso, mas felizmente a obra, de forma muito terna e cativante, defende a necessidade de se escutar todos os lados, a beleza do equilíbrio e da lucidez rumo ao real progresso…
LEIA MINHA CRÍTICA COMPLETA CLICANDO AQUI.

