Perdidos no Espaço (Lost in Space – 1965-1968)

devotudoaocinema.com.br - Os 12 melhores episódios da série clássica "Perdidos no Espaço" (1965-1968)Começo o texto indicando o maravilhoso livro lançado com o refinamento usual pela Editora Estronho, escrito pelos queridos amigos Saulo Adami e Carlos Gomes, obra indispensável para todos os fãs da série. O trabalho pioneiro, primeiro no Brasil especificamente sobre “Perdidos no Espaço”, analisa em detalhes os episódios, aborda a disputa judicial pela autoria da trama, resgata curiosidades da produção, fotos raras e compartilha depoimentos de fãs brasileiros apaixonados pelo tema. Você pode adquirir direto no site da editora.

O ano é 1997, o planeta Terra está sofrendo com a superpopulação. A família Robinson, comandada pelos pais John (Guy Williams) e Maureen (June Lockhart), é enviada a uma missão de cinco anos no espaço para encontrar um novo planeta para colonizar, mas a viagem é sabotada por um agente de um governo inimigo, o Dr. Zachary Smith (Jonathan Harris). O Dr. Smith acaba ficando preso dentro da nave que, devido ao excesso de peso, vaga sem destino. Eles precisam encontrar uma maneira de voltar para casa. A espaçonave Júpiter 2 também leva um amigável robô, companhia fiel do pequeno Will (Bill Mumy) e de sua irmã Penny (Angela Cartwright).

A minha ligação com a série não é nostálgica, apesar de ter lido bastante sobre ela na infância e pré-adolescência, até tenho na memória afetiva algumas exibições televisivas no início da década de 90, mas eu só tive contato com todos os episódios das três temporadas na época em que foram lançadas em DVD. O meu tio paterno é fã desde criança e, na ocasião do lançamento do filme, em 1998, ele me levou ao cinema na semana de estreia, eu tinha 14 anos. Ele estava muito empolgado no início, cantarolando a música-tema, mas, ao final da sessão, o abatimento era avassalador, aquilo era uma tremenda bobagem, uma bomba indefensável. Eu creio que este impacto negativo acabou desestimulando minha procura pelo material original nos primeiros anos de garimpo na internet.

O fato é que, quando finalmente dediquei tempo à série, gostei sobremaneira da primeira temporada, fiquei surpreso com o tom sombrio de alguns episódios, reforçado pelo preto e branco, não era o tipo de diversão camp que eu havia sido levado a crer que encontraria. Analisando o contexto, a influência do colorido e dos absurdos hilários da concorrente “Batman”, que nos Estados Unidos era exibida no mesmo dia e horário por outra rede, prejudicou as duas temporadas seguintes, os roteiros abandonaram o sci-fi sério e abraçaram apertado a comédia leve.

Quando me perguntam se sou fã de “Perdidos no Espaço”, afirmo que sou fã da primeira temporada. Já tentei simpatizar com as outras, mas o nível intenso de vergonha alheia não funcionou comigo, o único elemento que realmente é melhor na fase colorida é a nova música-tema. Aliás, vale ressaltar, as duas foram compostas pelo mestre John Williams. E, finalizando, eu preciso deixar registrado o horror que é esta nova versão produzida pela Netflix, baita desperdício de tempo.

Se você quer entender a importância fundamental da criação imortal de Irwin Allen, adaptando livremente a “Swiss Family Robinson” para o futuro espacial, não pense duas vezes, veja estes 12 episódios que selecionei, claro, todos da primeira temporada. A lista está em ordem de exibição.

devotudoaocinema.com.br - Os 12 melhores episódios da série clássica "Perdidos no Espaço" (1965-1968)

Episódio 1 – O Clandestino Teimoso (The Reluctant Stonaway)

Os Robinsons, a primeira família do espaço exterior da Terra, partem para colonizar Alpha Centauri em sua nave, a Júpiter 2, mas aterrissam em um planeta inexplorado onde lidam com vários desafios e perigos.

Episódio 2 – A Nave Fantasma (The Derelict)

Data: 16 de outubro de 1997. O Júpiter 2 deve ser lançado, mas um sabotador quer destruí-lo.

Episódio 3 – Ilha no Céu (Island in the Sky)

Enquanto caminhava no espaço, o Doutor Robinson é puxado para um planeta. O major West pousa a nave para procurá-lo.

Episódio 4 – Terra de Gigantes (There were giants in the Earth)

Devido à órbita do planeta, os Robinsons vão congelar caso não sigam para o sul.

Episódio 5 – O Mar Revolto (The Hungry Sea)

Após experimentar o frio extremo, o planeta se aproxima do sol, assando-o. O Dr. Smith envia o robô para avisar os Robinsons.

Episódio 7 – Um Estranho Amigo (My Friend, Mr. Nobody)

A jovem Penny consegue fazer amizade com uma voz profunda em uma caverna.

Episódio 8 – Invasores da Quinta Dimensão (Invaders from the Fifth Dimension)

Extraterrestres macabros, literalmente cabeças falantes, precisam de um cérebro humanoide para substituir um computador desgastado em sua nave espacial. Eles capturam o Dr. Smith, mas logo percebem que seu cérebro é insatisfatório. Os alienígenas liberam ele para que possa trazer alguém mais adequado: “um pequeno Robinson”.

Episódio 11 – A Lâmpada de Aladim (Wish Upon a Star)

Will e o Dr. Smith encontram uma máquina alienígena que concede desejos, testando os valores da família Robinson.

Episódio 15 – Volta à Terra (Return from Outer Space)

Usando um dispositivo de transferência de matéria deixado pelos Taurons, Will se lança de volta à Terra. Ele chega em segurança em uma cidade pequena, mas seus pedidos de ajuda são considerados fantasias de um menino fugitivo.

Episódio 16 – O Estranho Colecionador – Parte 1 (The Keeper: Part 1)

O Guardião é um alienígena que viaja pela galáxia coletando pares vivos de animais interessantes ou raros. Sua atitude cortês com os Robinsons esconde sua verdadeira intenção, adicionar um par de humanos à sua incrível coleção de animais.

Episódio 17 – O Estranho Colecionador – Parte 2 (The Keeper: Part 2)

Os problemas com o Guardião acabariam se o Dr. Smith não tivesse entrado furtivamente na nave e libertado todos os animais, colocando o Guardião em posição de chantagear os Robinsons pela vida de seus filhos.

Episódio 29 – A Voz do Espírito (Follow the Leader)

Um espírito maligno possui John Robinson e planeja levar a Júpiter 2 de volta ao seu mundo natal, mesmo às custas da vida de Will.



Viva você também este sonho...

10 COMENTÁRIOS

  1. Parabéns pelas informações a respeito dos seriados de TV. Fiquei surpreso ao saber que 12 dos 29 episódios da série PERDIDOS NO ESPAÇO são considerados os melhores de toda a série que teve 3 temporadas e um total de 83 episódios.
    De qualquer forma, considero OS CONDENADOS e UMA VISITA AO INFERNO entre os 20 melhores episódios.

  2. Também não gostei da nova versão de Perdidos no Espaço. Onde achar no Google para assistir on line a versão antiga com os episódios sugeridos como os melhores?

  3. Eu conheci a série já em cores, nos anos 70, e já era reprise. Por ser em preto e branco, a primeira temporada não foi muito exibida. Só fui conhecer na Rede Brasil, remasterizada. Eu gosto muito das duas outras temporadas, principalmente o hilário Dr. Smith debochando do robô:” lata de sardinha enferrujada”. Nenhum episódio é sério cientificamente; em um deles os legumes fslam.Em outro a “nave” é um navio pirata. Star Trek é melhor no quesito ficção científica. Perdidos no Espaço é do uma brincadeira divertida.

  4. Eu gosto das temporadas coloridas; foi um dos primeiros seriados que vi em cores, em 77, e já era reprise. Por isso só muito mais tarde fui ver os primeiros episódios em preto e branco. Na verdade. acho divertidas as brincadeiras do Dr. Smith com o robô , chamando-o de “lata de sardinha enferrujada”. É meio comédia pastelão e não muito sério cientificamente. Jornada Nas Estrelas era mais científico e com enredos melhores.

  5. Sou fã e concordo absolutamente com o autor de que a primeira temporada é absolutamente fantástica! Alguns episódios da segunda e terceira são interessantes, mas a primeira é imbatível.

  6. Muito boa a matéria. Pelo que percebi nessa lista, os melhores episódios são os iniciais. Assisti recentemente ao episódio Volta À Terra e achei excelente!

  7. ja notei que foi retirado da serie um episodio que lenbro ate hoje da record nos anos 60.
    era um ep com motoqueiros espaciais que iam explodir o planeta na terceira temporada

  8. Lamentável que uma série tão bacana tenha se transformado em “pastelão” em suas duas últimas temporadas. Dificil engolir tantos personagens e histórias mediocres, se comparados com as levadas à tela na primeira temporada. Dificil também acreditar que o Dr. Smith, espião com a missão de abortar a missão destinada à familia Robinson, e que no futuro deixaria várias em perigo não só o professor Robinson e sua mulher, mas também os filhos do casal (Will principalmente), tenha continuado como “hospede” da espaçonave. Num filme sério, ou seria abandonado em algum planeta ou preso incomunicável em algum setor da nave. Concordo com o autor. Também sou fã da primeira temporada da série, com alguns episódios que chegavam a deixar a gente com medo (eu tinha 5 ou 6 anos quando foram levados ao ar). As temporadas seguintes são totalmente descartáveis.

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