Críticas

Dica do DTC – “A Casa das Almas Perdidas”, de Robert Mandel

No “Dica do DTC”, a nova seção do “Devo Tudo ao Cinema”, a intenção não é entregar uma longa análise crítica, algo que toma bastante tempo, mas sim, uma espécie de drops cultural, estimulando o seu garimpo (lembrando que só serão abordados filmes que você encontra com facilidade em DVD, streaming ou na internet). O formato permite que mais material seja produzido, já que os textos são curtos e despretensiosos.

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A Casa das Almas Perdidas (The Haunted – 1991)

Esta é uma historia baseada nos relatos da família Smurl e sua terrível luta contra forças malignas que se apoderaram de sua casa e de suas vidas. Pouco a pouco o mal toma conta da casa, submetendo-os a verdadeiras torturas sobrenaturais.

O telefilme dirigido por Robert Mandel conta com uma atuação inspirada de Sally Kirkland, vivendo a mãe que tenta proteger sua família do fenômeno sobrenatural, foi lançado em VHS no Brasil e marcou a garotada da década de 90 com suas exibições televisivas noturnas.

Ao apostar na abordagem sutil, na época em que o gênero primava pelo exagero, o roteiro de Darrah Cloud ganha pontos por se preocupar mais com as transformações psicológicas dos personagens, ainda que consiga causar arrepios quando necessário, como na sequência em que o pai, vivido por Jeffrey DeMunn, é vítima de uma fantasma carente.

Outro elemento positivo na trama é a forma como evidencia que a entrada da imprensa na equação, ao invés de ajudar, prejudica em todos os sentidos, invadindo agressivamente a privacidade da família e transformando em espetáculo a dor de todos os envolvidos.

O público moderno, que conheceu o casal Ed e Lorraine Warren, vividos na obra por Stephen Markle e Diane Baker, através do filme “Invocação do Mal”, terão um motivo a mais para buscar esta pérola, já que foi a primeira versão cinematográfica do casal.