Tony Curtis sempre foi apaixonado pela arte da pintura, tendo dedicado seus últimos anos a este amor. O seu legado será sempre o da dignidade.
Eu sempre gostei de seus trabalhos de comédia, em que ele desconstruía sua imagem de galã e se permitia aventurar pelas mais absurdas e ousadas caracterizações. Como esquecer seu trabalho ao lado de Jack Lemmon em “Quanto Mais Quente Melhor” (Some Like it Hot – 1959) do genial Billy Wilder?
Na famosa cena de sedução em que Marilyn Monroe tenta a todo custo despertar a libido de seu personagem, Curtis opta pelo mais difícil, ao invés de tornar a cena algo burlesca e satírica, ele intencionalmente a conduz de forma séria.
Filmes como “A Embriaguez do Sucesso” (Sweet Smell of Success – 1957) e “Spartacus” (1960) demonstram que, como protagonista ou coadjuvante, ele sempre conseguia transmitir uma alta dose de sinceridade, que resultava numa empatia imediata com o público.
Curtis nunca negou que foi descoberto por um agenciador graças a sua beleza, que seu interesse principal na época era conquistar garotas e dinheiro. O glamour do cinema era a ferramenta perfeita para suas ambições.
Ele aprendeu a amar esta arte com os primeiros diretores com que trabalhou, transformando-se num exemplo de disciplina e dedicação, sendo elogiado por todos. Como já deixei claro, adoro seu lado cômico, como em “Boeing Boeing” (1965), em que contracena com o mestre Jerry Lewis, com a presença ilustre de Thelma Ritter, como coadjuvante de luxo.
No ótimo “O Homem que Odiava as Mulheres” (The Boston Strangler – 1968), ele interpreta um psicopata que persegue mulheres, baseado em uma história real. Tanto esta interpretação sublime quanto a de “Acorrentados” (The Defiant Ones – 1958), em que contracena com outro exemplo de dignidade, Sidney Poitier, exemplos claros da versatilidade de Tony Curtis. Ele era garantia de ótimas atuações, apostando no drama ou no humor mais despretensioso.
A sua personalidade irônica pode ser notada nesta resposta dada em uma entrevista:
“Comédia é a maneira mais honesta de um ator ganhar a vida. As pessoas preferem rir a chorar. A maneira mais rápida de transformar um drama numa comédia é simplesmente acelerando uma cena.”
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